terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Miudezas

Não vejo muito televisão, não sei se pelo fato de trabalhar em um canal de televisão. Portanto nem sei se fui o marido traído nessa história, mas de qualquer forma fica aqui a dica para o programa Lado H, apresentado por Daniel Daibem e exibido na Fashion Television. A proposta deles é a mesma que a minha, porém em outra mídia e com muito mais grana e o Lula Rodrigues de consultor. UÊBA! Os horários de exibição podem sem encontrados no site deles. Lá também dá para assistir aos programas que já foram exibidos. Clique aqui para conferir.

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Outro dia assisti a um filme chamado The Time Traveller´s Wife que, segundo a legenda, no Brasil vai se chamar/se chamou Te Amarei Para Sempre e recomendei a um dos meus irmãos. Ele me ligou anteontem e a conversa foi mais ou menos assim:

- Fala, Rick!
- Filho da putaaaa! O filme é muito bonito!!!
- (???)
- Chorei pra caralho no final!!! É muito bonito!!!
- Então você gostou?
- Claro que não! É muito triste!!

Daí fiquei pensando... Homens não tem direito a se emocionar? Não tem direito a ter sentimentos? Então como escolher uma mulher e amá-la e respeitá-la até que a morte os separe, se desde garotos somos ensinados a ser fortes e a reprimir manifestações sentimentais em público? Como provar que somos capazes de amar, se isso é sinal de fraqueza? Depois não venham reclamar...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Quem Manda Aqui É Eu (sic)

Este é um post bastante tendencioso. Apesar de saber que jornalista tem que ser isento de juízo de valores, não estou nem um pouco preocupado com isso, pois não é esse o objetivo do meu blog. Relembrando: meu objetivo é falar sobre moda para homens reais, que vivem fora dos círculos sociais onde estar por dentro da ultíssima tendência é a prioridade mais importante. É falar com homens que tem outras urgências. Talvez esses homens nem saibam que gostam de moda. Talvez nem tenham na moda uma urgência, mas eu escrevo mesmo assim.
Esse blog é, portanto, mais sobre coisas, fatos e pessoas que eu respeito e admiro, especialmente no mundo da moda, mas também no que diz respeito ao comportamento humano e às relações interpessoais. Disse tudo isso apenas para justificar as escolhas que já fiz em posts anteriores, bem como neste e nos próximos.
A temporada de desfiles já está quase terminando e não falei nada sobre desfile algum. Por que? Porque achei tudo tão comum e sem graça, tão roupa, que nem me animei. Até agora.
Confesso que sou suspeito pra falar sobre Duckie Brown e Dsquared, porque adoro o trabalho nem sempre tão comercial dessas marcas, bem como Paul Smith e Dolce & Gabbana.
Confesso também que quando vi o look de abertura do desfile da Dsquared, as primeiras coisas em que pensei foram: glam rock, goth e carnaval. Pensei ainda, que os irmao Caten tinham surtado, mas no desdobramento do desfile me tranquilizei. Todas as coisas que me atraem na marca estavam lá... A alfaiataria impecável misturada com jeanswear, o deboche e o drama da maquiagem e da produção. Quer ver as fotos? Clica aqui. Os looks mais legais são o 7, 8, 11, 20, 23, 32, 35 e 37.
E o que dizer de Duckie Brown? Especialmente quando os designers Streven Cox e Daniel Silver se enterram até o pescoço em tweed e xadrez tartan? Tem como não amar? Duckie Brown é a única que consegue fazer calças skinny e parecer uma marca masculina. Veja as fotos aqui.
E agora chega, que eu estou sem dormir.

Até a próxima.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Kübler-Ross/Alexander McQueen

Olá.
Este é um post importante. É o primeiro post depois de um período de reclusão, por alguns motivos pessoais, de saúde e tecnológicos. Demorei para voltar a escrever porque mesmo depois de recuperado em todos os sentidos e a tempo de resenhar Fashion Rio e São Paulo Fashion Week, os primeiros desfiles importantes da temporada brasileira não foram bons ou ruins o suficiente para falar sobre. Tudo estava comum, sem graça e repetitivo.
No entanto, hoje aconteceu um fato do tipo que ninguém quer acreditar, mesmo depois de confirmada oficialmente a informação: o suicídio de Alexander McQueen, por enforcamento.
Ele teria entrado em depressão após a morte da mãe, há cerca de uma semana e não conseguiu se recuperar emocionalmente do baque. Seu corpo foi encontrado ontem pela manhã, horário local, em sua casa.
É uma perda irreparável para a moda e também um grande clichê usar essa expressão, mas de fato, o falecimento de um dos designers mais criativos e provocantes das últimas safras de estilistas não pode ser mesurado apenas com palavras.
Aos 40 anos de idade, Lee Alexander McQueen já tinha colocado seu nome na História da Moda ao levar à passarela monstros, musas e máquinas, sempre com uma visão cáustica e iconoclasta dos valores tradicionais da elegância britânica.
Pessoalmente, um dos desfiles mais impressionantes de McQueen foi esse. Uma dura crítica à beligerância estadunidense no Oriente Médio, Saddam e Osama.
E quem foi Kübler-Ross?
Espero que a partir de agora haja assuntos que valham à pena ser comentados, mas que não sejam tragédias como essa.