segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Mais Uma de Amor

Bem, no último post prometi que falaria sobre as minhas férias em Curitiba e sobre a hospitalidade paranaense, mas vou ter que deixar pra depois e isso significa que muito possivelmente vou esquecer de fazê-lo... Isso porque nessa semana nós tivemos os primeiros desfiles da temporada de inverno 2010 que, dessa vez, começou mais cedo. Imagino que isso seja uma tentativa de encaixar o calendário da moda no Brasil ao resto do mundo, podendo ter mais atenção dos jornalistas especializados, mais modelos disponíveis e menos estresse.

Nessa semana também assisti àquele que é até o momento, o melhor filme que vi nesse ano e também é assunto recorrente. Estou um chato com isso. Recomendo para todo mundo, penso e falo nele sem parar e obviamente, não poderia deixar de citá-lo aqui no blog. Estou falando de 500 Dias Com Ela (500 Days of Summer, no original).

Dirigido pelo semi-estreante Marc Webb, o filme conta a história de Thom e Summer. Thom quer um romance, Summer quer se divertir. Tanto é que logo que eles começam a se envolver, Summer avisa que não está procurando por "nada sério". Ou seja, é mais um filminho falando sobre a relação macho-fêmea. Grandes coisa, e daí? E daí que esse filme tem tudo pra ser o próximo Pequena Miss Sunshine. Roteiro interessante, diálogos bem escritos, direção de arte afinadíssima, interpretações naturais e convincentes, enfim... Isso sem falar na deliciosa trilha sonora... Regina Spektor, Smiths, Doves, Feist, Pixies, Carla Bruni...

Isso deve ser porque Marc Webb vem de um passado ligado à musica e videoclipes. Li uma entrevista com ele nO Globo, quando o filme saiu e lembro que ele diz que ao pensar uma cena, a música vem antes. Como ela vai ser usada e tudo mais. De resto vale dizer que 500 Dias Com Ela ilustra bem em suas cenas cuidadosamente fotografadas as duas fases de um romance:

- aquele começo empolgante, quando estamos apaixonados, felizes e parece que aquele sentimento é uma heroína, um crack. Vicia e tem crises de abstinência doentias. A vontade é de estar por perto o tempo todo. Sinos, violinos, arcos-íris, essas coisas...

- a fase pós pé-na-bunda. Depressão, choro, falta de higiene pessoal, demência e falta de noção. Isso, só pra começar...


Então... deixo aqui o trailer para 500 Dias Com Ela. Um filme leve, bom para quem trabalha no mercado financeiro, médicos, policiais e outros profissionais que vivem sob constante estresse e precisam daquela hora e meia semanal, para voltar a acreditar que ser feliz é possivel... basta encontrar alguém que lhe ame também.




segunda-feira, 23 de novembro de 2009

De Volta ao Tronco

Bem, só hoje me dei conta de que não postei na semana passada. Ou seja: foi uma semana "bem loka" mesmo... rs
Quero neste post sair um pouco do assunto principal sobre o qual me propus a escrever desde o começo para fazer um post... comemorativo? Não. Ninguém comemora o fim das férias. Mas posso comemorar o último fim de semana das férias, que foi incrível, cheio de atividades culturais valiosas - incluindo Lua Nova, 2012, Julie e Julia, Comédia em Pé e Pierre et Gilles no Oi Futuro - numa cidade linda sob um sol que os turistas do mundo todo pagam centos mil dórales (sic) para sentir e nós temos de graça. Isso sem falar que vi o Lula Rodrigues no cinema, sábado à noite!!!
Sim. O filme em questão era Julie e Julia. Bonitinho. Quanto ao Lula, achei que ele não merecia ser abordado por um fã, às 2 da manhã, querendo conversar sobre moda e outras amenidades. Isso sem falar que a conversa começaria com o inevitável gaguejar desse humilde... errr... blogueiro? dizendo algo próximo de: "eu sou seu fã e admiro muito o seu trabalho"... Mas deu certo com Julie e deu certo comigo também: Lula já me leu (não sei se gostou, no entanto) e dá para tranquilamente traçar um paralelo entre o filme e a (minha) vida real. Uma breve sinopse: Julie tem um emprego maisoumenos e vive insatisfeita com a vida. O marido sugere que ela crie um blog sobre algum assunto que goste. Ela cria este blog aqui - pelo menos eu acho que é esse - para falar sobre as receitas de Julia Child. Sim. O filme é baseado nas histórias verdadeiras de Julia Child e Julie Powell. Sua popularidade aumenta e um livro é publicado, baseado em seu blog.
Mas voltando ao assunto... Há poucos nomes de destaque na moda masculina, especialmente no jornalismo, e para quem não sabe Fernando de Barros e Lula Rodrigues são dois deles e precisam/devem/merecem ser lidos.
E afinal de contas, acabou q esse post não ficou tão fora do assunto assim. Depois conto mais sobre a minha visita a Curitiba, o Museu Oscar Niemeyer e sobre a hospitalidade paranaense. Abraços a todos e fico feliz em saber que tenho mais um leitor(a): agora vocês são 19!!! Obrigado. :)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Luxo, Riqueza, Poder e Falcatruas

Tem uns dias que comecei a ler um livro muito bem escrito sobre os bastidores da indústria da moda. Chama-se Deluxe: Como o Luxo Perdeu o Brilho e foi escrito pela jornalista Dana Thomas.
Como sou curioso pacacete, já andei lendo um pouco mais à frente o trecho que fala sobre a Daslu e Eliana Tranchesi, mas não tenho certeza se Dana Thomas chegou a encontrar a sujeira embaixo do tapete de boas vindas da Daslu ou se o livro foi publicado antes de tudo estourar na mídia.

De qualquer forma, fica a recomendação de leitura. É uma literatura específica, mas muito interessante e bem escrita. Mais adiante escrevo mais sobre esse livro.

Até a próxima.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Não tenha medo da Futilidade

Como todos os meus 18 amigos sabem, a proposta deste humilde blog é falar principalmente sobre comportamento e moda, sempre com uma visão comercial sobre esse assunto, apesar de eu mesmo não ser exatamente "certinho". Também tenho algumas peças e combinações exóticas no meu armário, sobreviventes da minha juventude rebelde nos anos 90, quando o grunge de brechó reinava.
À medida em que vamos envelhecendo, as cascas do excesso vão caindo pelo caminho, como uma cebola autodescascante, até que sobre apenas a nossa pura essência. Aquela, formada nos anos pré-adolescência, mas marcada pelo inconformismo e necessidade de expressão pessoal desses anos de busca pela identidade. No meu caso, o que sobrou foi a essência nerd embrulhada em papel de presente punk e um laço hedonista. Simples, né?
Por isso o mais importante na hora de se vestir é se conhecer e transmitir a mensagem correta, sem esquecer das convenções sociais de cada situação. Tipos... uma antropofagia estilística: devorar as informações externas, digerir e regurgitar tudo aquilo do seu jeito.


retrato de um jovem Mark Twain

"Gosto de roupas que chamem atenção. Nasci para ser selvagem. Não há cor que seja colorida ou exagerada demais para mim e o vermelho - não é vermelho? Não há vermelho como os das artérias de um boi. Gostaria de usar essa roupa sempre, subir e descer a Quinta Avenida e ver as pessoas me invejando, querendo ter coragem de usar uma roupa assim. Se visito a casa de alguém, se vou a um jantar só para senhoras, serei a única senhora do meu sexo e vou usar esta roupa e ofuscar as damas."

trecho extraído do livro Mark Twain - Dicas Úteis para uma Vida Fútil.

Não tenha medo de quem você é. Os outros é que têm que ter medo. =D